Diários Noturnos

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13 de maio de 2015

mEDO dO tEMPO pASSAR


se
eu
deixar
de 
lembrar
do
teu 
cheiro,
timbre
de
voz,
da
tua
pele
quente
de
tons
morenos,
do
teu
pau
enrijecido
e
vermelho,
de
você
cantando
i can’t get no satisfaction?
e
se
eu
me
esquecer
dos 
tempos
que
nada
me
satisfazia,
mas
tudo
me
desfazia
num
golpe
de
haraquiri?
(guardo comigo aquele canivete com um corpo de sereia tatuado. 
ela segura um sol com as mãos e eu queimo com o sal da idade nos olhos)
a
saudade
te
inscreve
neste
cenário
outonal
e
eu
escrevo
sobre
o
medo
do
tempo
passar.
ele passou
e
me
assou
entre
as
pernas.
não quero o velho, 
assim, 
assado.
guardo tudo como se fosse novo.
contudo, assim,
contida,
já não há mais espaço.
abrirei
um
caminho
quente
entre
o
ventre.
meu
filho
agora
se
chamará
futuro.
basta de orfandade!
o tempo
pode
não
ter
idade,
muito
menos,
ou
quase
nada de,
saudade.


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'O ar está tão carregado de espíritos que não sabemos como lhes escapar.'(Goethe in Fausto)

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